(foto da Giovana Machado – Valeu Gí!)
Quase três horas de estrada pra chegar em Mogi. É malandro, sexta feira, Marginal travada, aí escolhe ir pelo Rodoanel e tal tal tal.. Só embasso. E depois ainda passa em Suzano-MadMax pra pegar o batéra… Ixi, vai veno a zica.
Aí, quando chegamos no Strong Beer, que é o antigo Campus 6, já tava rolando o show do Topsyturvy. Uma pá de gente do lado de fora e uma pá de gente do lado de dentro eram impactadas por aquela mistura de hecatombe com abalo sísmico que é um show do Topsy. Cé doido…
Aquela bona gente que sempre circula pelos shows de Mogi tava toda ali. Rostos conhecidos, desconhecidos, músicos, bandas, ex-bandas, dono de bar, dono de estúdio e mais uma pá de embaixadores e diplomatas. Sim, tava cheia a parada. E como é bonito e redentor ver gente que sai de casa pra assistir bandas ao vivo com trampo autoral. Senhor, obrigado pela graça alcançada!
A gente encostando os instrumentos num canto e o Topsy destruindo no palco e as pessoas vidradas sem piscar e chacoalhando a cabeça pra frente e pra trás. E não tem jeito, nessa hora a gente sempre pensa: “pô, tocar depois desses caras é sacanagem…”.
Depois do Topsy fomos tomar um ar e trombar us amigo lá fora. Engraçado ver que todo mundo que saía dava aquela respirada meio que voltando ao estado normal, saca? Foi lôco.
Quem veio na sequência foi o Dawn Back. Stoneria, mother fucker! A gente não conhecia os caras, que são ali da área. Mas mano, préza, hein? Claro que eles beberam de ótima fonte, até porque, Slayer, Cannibal Corpse e tantos outros estão aí pra isso. Pra assustar os incautos e inspirar os perdidos. E como sempre estamos do lado dos perdidos, tá tudo certo nénão? Showzaço de stoner, tipo aqueles de miliano com os truta do Asterdon. Vamo que vamo e vida longa DownBack! Ouça eles aqui!
E a gente que achou que depois do Topsy ia ser mais suave, nos deparamos com uma zica dessa. Vai veno a falta de respeito c`os mais véio.
E depois disso tudo foi a vez dos roqueiros decadentes de latinoamérica.
De um jeito que a gente nunca soube explicar, a vibe ali é diferente. Sempre nos sentimos em casa. Como explicar que depois de um dia todo no trampo, da típica e burocrática encheção de saco, e de quase 3 horas de estrada, estávamos ali felizão e mantendo a cabeça erguida e olhando nos olhos de todo mundo?
E não é questão de coragem, longe disso. É simplesmente porque sentimos que é o que temos de fazer. De uma forma que também não sabemos explicar, pra gente, tocar e compor e encarar shows bacanas e participar de roubadas é como respirar. Vai lá saber que tipo de maldição é essa…
Até aproveitamos a brisa boa do lugar pra tocar vários sons que estarão no próximo disco. O quê, mais um? Onde isso vai parar? Vê se pode! Vai pra Cuba! (rs)
E que saber, no fim tudo sempre é uma boa desculpa pra compor, gravar e sair por aí levando nossa jam session pelo mundaréu. Seja lá o que signifique isso em tempos que a qualidade de um som se baseia em quantos likes se tem na fanpage ou views no Youtube…
Mas aí que em algum momento da nossa errática história decidimos encontrar uns doido que nem nóiz e reverter esse processo.
E fazer show e rolê com os parça é nossa forma de lutar.
Mas ó, o bagulho é loco e o processo é lento…
Vamo que vamo!