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dia 19.07, Semana do Rock, em Osasco!
13 segunda-feira jul 2015
13 segunda-feira jul 2015
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25 quarta-feira fev 2015
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26 quarta-feira mar 2014
Posted Diário de Bordo, Por aí, Show
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Quando o Edson nos chamou pra tocar em Osasco, no evento Circuito Rock Resgate, ficamos felizão. O bom filho a casa torna!
Tocar embaixo do Viaduto é uma experiência lôka. Em cima da sua cabeça fica passando carro, caminhão, busão e moto. Tchã, Brum, Brack! Embaixo, carro pra tudo que é lado indo e vindo. Buzinas, sirenes e tals. E nesse imbróglio todo, os cara armaram um palco, iluminação, técnico de som, equipo firmeza, barraca de churrasquinho e ainda um busão adaptado que vendia chop, cerveja e refrigerante.
Teve shows de Os Novos, Marcião Pignatari, Pallets, As Radioativas, Mickey Junkies e La Carne. Começou as 12h e foi até umas 20h. Porra, tocar na nossa cidade, e em um esquema pró, de responsa, não é toda hora. Dava gosto de ver o tanto de gente que colou. Parece que estavam há muito tempo esperando por um lance desse naipe, saca? E aí, quando aconteceu, todo mundo correu pra lá. E por isso, ficamos tão contentes em poder fazer parte da festa.
Já levamos nosso som pra tudo que é canto. Quem nos conhece tá ligado. Chamou, nóz vai. Só se der alguma zica e tals. Mas no geral, tâmo dentro. Esquemas legais, roubadas, cidades grandes, pequenas, gente amiga, gente desconhecida, e ai, quando dá certo de tocar na sua cidade, e nisso vai seus amigos de miliano, família, filhos, nêgo que você só vê vez ou outra, a barriga aumentando e o cabelo caindo. Enfim, todo mundo recebendo a visita do tempo. Classe A!
Vimos gente que jogava bola c’nóiz na escola, gente que foi no lançamento do primeiro disco do La Carne, gente que nos conheceu desde os primeiros acordes. Pô, bem lôko!
A gente e os Mickey Junkies até armamos barraca de cd e camiseta e vendemos várias peita. Saca só aqui e aqui os embaixadores e diplomatas usando La Carne.
Quando entramos pra tocar eram umas 19h. Frio e aquele vento cortante. E tome goles de um quente pra segurar a onda. 1, 2, 3 e vai. De volta a cidade onde tudo começou. Naquele tempo em que dávamos risada de tudo e acreditávamos em poder mudar as coisas. E claro, não mudamos porranenhuma. Mas a ira e a raiva ainda não se apagaram. Tks Lord!
Foi legal demais ver os rostos curtindo o som com a gente. Todos ali, sem competição, sem mímímí, só curtindo a vida. Porque no final, quando tudo isso acabar, é isso que vale, nénão? Sempre vamos lembrar das pessoas tirando foto com a peita nova. Das guría vendo o pai e sacolejando o esqueleto, da sensação de lembrar como o tempo passa… Da inevitável visita do tempo. É doido o bagulho ó.
Tem gente que tira grandão esse papo de “underground”. Como assim? Tocar sem levar grana? Em lugar que não estrutura? Pra que isso?
Pois é. Às vezes você não percebe o valor da coisa toda. Dos zines, dos shows zuados, do cartaz em poste, do adesivo, da filipeta, enfim, do conhecimento transmitido de boca a boca. E é nessas horas que você se liga da irrelevância da imprensa e de um tapinha nas costas dizendo o quão talentoso e diferente você é. De que um dia o mundo irá se curvar aos seus pés. E aí você passa a vida toda esperando por ser aceito. Veja só.
Hoje em dia não temos mais nenhum interesse nisso. Aprendemos que existem zilhões de variações a respeito do que é o sucesso. E que, da forma como o vendem, a coisa chega a ser doentia. Não estamos dizendo que a única coisa legal é você comer merda porque aí é que você aprende. Não é isso. Esse princípio do “sofra que você vai se dar bem” soa muito cristão, né? O lance é que existem formas de você levar seu trampo dignamente sem ter de seguir uma fórmula criada por essa gente opressora. Na nossa modesta e suspeita opinião, sucesso é o que rolou esse domingo em Ozásco. Bandas anônimas, público anônimo, gente de verdade, trabalhos autorais. Cada qual criando a sua forma e definindo os seus padrões. Viva à subversão!
Estamos nisso juntos há tanto tempo e ainda temos tanto a fazer que não dá pra esperar. Pra nós, reconhecimento é estar com pessoas que curtem a gente. Que sabem do nosso perengue e entendem a nossa vibe. Simples assim.
Já tivemos amigos, com bandas tão bacanas, que transformaram aquela magia em uma vontade de fazer um negócio e tentaram transformar sua paixão em um emprego e depois acabaram se odiando. As pessoas sucumbem? Claro, todo mundo sucumbe. É da vida. Desistir faz parte. Sair dignamente de algo que não te apetece mais é do jogo. Dá pra entender.
Todos nós sabemos o quanto é difícil acordar cedo, colocar os sapatos, pegar a condução e trabalhar o dia todo. É da vida, e cada um tem seu jeito de ganhá-la. Mas, mesmo assim, tudo se baseia no conceito de que nunca sabemos o que vai acontecer, né? Por isso, não se leve a sério demais.
Em todos esses anos nessa indústria vital, já tivemos lições incríveis sobre desigualdade, competição etc. E hoje, vendo com o distanciamento que só o tempo pode trazer, todas foram tão ridículas, com gente se levando tão a sério e brigando por migalhas do sistema, que soa até patético.
Mas enfim, esse prólogo todo é pra chegar em um único ponto.
A gente já teve tantos momentos felizes em nossa história, que esse domingo foi, sem sombra de dúvida, um dos dias mais inesquecíveis. E não tem jeito, em que pese os prós e contras, continuamos achando que o caminho que escolhemos nos fez bem.
É Jão, além de lançar alguns discos, temos muito o que comemorar.
E se no fim tudo der errado… corra para a luz!
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Valeu pelo convite seo Edson! E vamo que vamo truta!
Aqui fotos do Andy.
Aqui fotos da Renata.
Aqui fotos do Marcelo.
Aqui as fotos do AmpsDrums.
22 quinta-feira nov 2012
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14 segunda-feira nov 2011
Posted Diário de Bordo, Por aí, Show
inA Feira da Ponte acontece todo domingo aqui em Osasco e é um lance bacana que tá rolando já há algum tempo. Funciona assim: Fica literalmente debaixo da ponte que passa ali perto da Prefeitura, róla uma feira de artes, comidas, bebidas e lá pelas tantas tem shows com os bandas e artistas da região. Tudo na faixa.
A gente chegou lá era umas 15h. Tinha de levar os amplificadores de guitarra e baixo mais as coisas de bateria e aí até que chagamos cedo. Tinha gente começando a armar a feira de artes, os técnicos de som já tavam agilizando o esquema e ainda botavam pra rolar uma sonzêra groove-jazzística que fazia a trilha sonora pra tarde de domingo.
E nisso foi chegando cada vez mais e mais amigos e meliantes de longa data. E tocar em Osasco sempre dá uma vibe boa. Claro, já encaramos várias roubadas, isso acontece. Mas por definição a coisa róla bacana. E aí, estando na presença de amigos, nada pode dar errado, nénão?
Em nossa errática história, aqui em Óz já encaramos bar que tinha apenas uma tomada no canto, palco em cima de caminhão e até um que queria saber “Quais cover vocês tocam?”. Mas a gente gosta de tocar e encarar essas até que não foi de todo mal. Lógico, as vezes soa meio constrangedor, mas pra gente tocar é sobreviver. E não tocar é morrer. Simples assim. Todo show a gente pega em armas. E mesmo que levemos uns sopapos, quando você manda um jab aqui e outro ali, desferidos com jeito, isso faz você se sentir bem. E se marcar você pode até se sentir vencedor. Olha só!
Quem começou os trabalhos foi o Baudelaire. Eles fizeram um show bem bacana. O som tava classe e eles representaram firmeza total. Estão no corre que nem a gente há um bom tempo. Vão pra tudo que é canto levar seu som e a gente sempre se tromba pelas quebradas do mundaréu. Joy Division, Ramones, Punk 77 e muito mais. Só referência fudida dos caras. Ouça eles aqui ó: .
Depois foi a gente. Linari mandou uma versão capela de uma das melhores estrofes do Cólera: “As vezes tenho medo.. as vezes sinto minha mão.. presa pelo ar… Pois muita gente mente, pois muita gente dá a mão.. só pra empurrar…”. E aí na sequência, sem respirar, começamos o “Quem aqui desgraça”. Ficou classe. ´PRODUZIU, PRIMO!”. Depois teve até Jukebox, bateria com bumbo furado, Mateus (vocalista do Krias de Kafka que veio com o Gutão e o Polesi lá de Santo André) invadindo o palco e dando show, gaita do Rafael em Blues dos seus absurdos, participação de uma senhora cantora que mandou uns versos e, pra finalizar, umas versões atropeladas de Decida e Viaduto do Sol. Mas tudo nos conformes.
Já era começo da noite quando acabamos. O som subiu, veio um zilhão de gente dar um salve, alguns posaram pra foto, outros ficaram relembrando os dias de moleque ali na região e no final ainda foi uma pá de gente tomar a última do dia e falar da festa e aproveitar a presença dos amigos.
Manja aquela história do pianista que dizia que se ele não praticasse todo dia, ele saberia. Se não praticasse por dois dias, seus críticos saberiam. E depois de três dias, sem praticar, seria a morte, porque seu público saberia. E é isso. Errar até que faz parte. Mas não se comprometer é a morte. Só que isso é pessoal. Cada um cada dois, certo? Acreditar no que faz pode ser a sua cura. Pode ser que você não salve uma causa perdida, que aquele moleque no farol ainda tenha de levantar a camisa pra mostrar que não está armado pra só aí poder limpar o vidro do teu carro, ou que você não faça voltar a pessoa amada, nem que teu pai ou mãe volte da morte e entre em casa sorrindo. Mas lembre da história dos jabs. Todo dia é um campo minado. Então, um soco por dia…
E foi bem legal e emocionante tocar novamente em nossa terra natal. Obrigado pelo convite amigos!
E vida longa à Feira da Ponte.
FIM